A nova concessão de transporte público de passageiros do Cávado conta com 957 ligações diárias, incluindo incursões ao Ave, Alto Minho, Tâmega e Sousa e Área Metropolitana do Porto, foi anunciado esta terça-feira.
Segundo o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, Ricardo Rio, a concessão vigora até finais de 2027 e tem um valor de 50 milhões de euros.
O também presidente da Câmara de Braga acrescentou que o objectivo é estimular e aumentar o uso do autocarro na região, através de um serviço “mais abrangente, cómodo e sustentável”.
“É também relevante referir que o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) tem, neste projeto, uma aplicação mais abrangente nas populações do território do Cávado, com reduções tarifárias de pelo menos 50% nos passes sociais”, disse Ricardo Rio.
Em vigor desde o início do ano, a nova concessão, apresentada esta terça-feira publicamente, conta com um total de 92 carreiras de transporte público de passageiros, com uma produção anual próxima dos cinco milhões de quilómetros.
Além de ligações entre os seis municípios do Cávado (Braga, Barcelos, Esposende, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro), estende-se ainda a Arcos de Valdevez, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Ponte de Lima e Póvoa de Varzim.
NOVA BILHÉTICA
A CIM diz, em comunicado, que a nova oferta se caracteriza por “maior conforto, eficiência e modernidade”.
“Houve várias exigências que foram feitas em sede do concurso público que foi aberto na altura, em termos de cobertura de território, em termos de frequência das linhas, em termos de modernização dos autocarros, de sistemas de informação aos utilizadores, de campanhas promocionais, enfim, toda uma série de exigências que visam servir melhor a população do conjunto do território da CIM, para podermos também assegurar soluções de mobilidade mais compatíveis com as suas necessidades”, sublinhou Ricardo Rio.
Adiantou ainda que há um projecto para a criação de uma bilhética integrada dentro do Quadrilátero Urbano (Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães), que depois há de ligar também às CIM do Cávado e do Ave, a que as quatro cidades pertencem.
A ideia é agilizar a mobilidade, designadamente, de alunos do Instituto Politécnico do Cávado e Ave e da Universidade do Minho, que têm escolas em ambas aquelas CIM.
“Esse é um processo que tem uma dimensão tecnológica, tem uma dimensão de gestão, tem uma dimensão operacional que nós estamos a tentar concretizar o mais depressa possível”, disse ainda Ricardo Rio.