Câmara de Vila Verde, António Vilela, de ingerência nos bombeiros ao “sugerir-lhe a nomeação do segundo Comandante”, Luís Morais, pedido que não aceitou “logo na altura por considerar que não cumpria os itens que eu achava importantes para importantes”.
José Lomba diz que foi “forçado” a aceitar o nome de Luís Morais que depois acabaria por ser nomeado para responsável pela Protecção Civil concelhia. Juntando o vice-presidente da direcção, Paulo Renato e do presidente da direcção, Carlos Braga à equação, José Lomba diz “ter sido alvo de saneamento político, porque nunca me sujeitei nem nunca andei de micros e cartazes nas mãos. Só sirvo instituições, não sirvo nem lobbies políticos nem pessoas individuais”.
Numa conferência de imprensa, acompanhado da esposa e onde contou um conjunto de situações pelas quais passou, José Lomba anunciou que vai recorrer para os tribunais comuns da decisão da sua suspensão. “É a minha idoneidade que está em causa. Em 35 anos de exército nunca foi tão mal tratado como nestes cinco anos e por isso vou defender a minha imagem”. Esperando que o processo que vai decorrer no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, José Lomba espera que “seja célere e esteja concluído ainda antes do próximo acto eleitoral em 2018”, reconhecendo, no entanto, que, se lhe for favorável, “pode não assumir o cargo”. Até lá, não haverá Comandante nos Bombeiros de Vila Verde.
Caso TVI
“Foi o ‘caso TVI’ a gota de água para a não renovação da minha comissão política”, disse ainda o Comandante que aproveitou, também, para esclarecer este caso: “foi o vice-presidente da direcção e Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara, Paulo Renato, que deu ordens para a troca da ambulância. Eu estava num incêndio em Sande quando ele me solicita na troca de ambulância, situação que rejeitei. Ora ele obrigou o bombeiro a fazer a mudança sob ameaça que lhe tirava o vencimento. A Câmara solicitou uma ambulância mas não uma AVTM. Elaborei um processo de inquérito e três autos e a responsabilidade recaiu em Paulo Renato”.
José Lomba recorda que “nunca pedi para ser Comandante. Quem esteve aqui em casa, várias vezes, a pedir-me para aceitar o cargo foi o sr. presidente da direcção. Eu consultei a família e aceitei. Sempre estive 24 horas disponível e considero, por isso, uma grande injustiça o que me está a ser feito”. José Lomba volta a afirmar que o “socorro em Vila Verde está seriamente comprometido por causa da debandada que houve de bombeiros e porque os que ficaram são insuficientes”.
P.A.P. (CP 9420)