É com “perplexidade” que Altino Bessa, presidente da Comissão Política Concelhia de Braga do CDS, encara o momento que o país atravessa com anúncio da greve dos motoristas de matérias perigosas, questionando “como é possível que o Governo, passados três meses desde a primeira paralisação, continue com uma postura ociosa e irreflectida?”.
Em comunicado enviado, esta sexta-feira, ao PressMinho/O Vilaverdense, o também vereador do Ambiente e Turismo da Câmara de Braga, afirma que “numa altura em que a circulação e o turismo estão na sua época alta, assistimos, novamente, à secundarização desta problemática, fruto de uma postura errática e irresponsável”.
“Em pleno Agosto, período assinalado por uma enorme afluência turística, o apoio à mobilidade deve ser tido e achado. Em simultâneo é preciso pensar que uma greve deste género coloca em causa o funcionamento de serviços fundamentais para a comunidade, não havendo espaço para a insensatez e leviandade com que o senhor primeiro-ministro trata esta e outras questões que afectam o quotidiano de todos nós”, acusa Bessa.
Afirma ainda que o Governo “limita-se a uma espécie de prepotência na forma como olha e entende o país no seu todo”. E acrescenta que “as lutas trabalhistas não podem nem devem ser desvalorizadas com lugar à criação de cenários prejudiciais para a generalidade da população”, referindo que “esta é uma conjuntura cujas repercussões podem ser danosas para vários sectores da sociedade, particularmente, num período em que as famílias portuguesas rumam para férias”.
INÉRCIA
“Estamos perante consequências da forma leviana como o Governo entendeu a primeira greve e geriu ou, melhor dizendo, não geriu os acontecimentos posteriores”, sublinha o líder centrista.
O governo, refere, “alegando tratar-se de um conflito entre privados, tem adoptado uma atitude de completa inércia nos últimos meses, ignorando as reivindicações defendidas pelo grupo de motoristas”.
“O ‘não fazer caso’ de uma luta que é justa e que constitui um dos direitos fundamentais de todos os trabalhadores, poderá conduzir o país a um estado de paralisação”, sublinha Altino Bessa.