As Concelhias do distrito de Braga do partido Chega emitiram um comunicado conjunto em que manifestam “total afastamento” de Filipe Melo, presidente da Distrital e recentemente eleito deputado, que não querem ver no Parlamento.
Em causa estão as notícias relacionadas com as dívidas pessoais de Filipe Melo, que nas últimas Eleições Legislativas foi o cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral de Braga, tendo conseguido ser eleito para a Assembleia da República.
“No seguimento da última publicação da revista Visão, (…) as concelhias do distrito vão marcar uma posição de total afastamento da pessoa em questão, pois não se revêem em absoluto em Filipe Melo e não encontram justificação para os seus comportamentos”, refere o comunicado.
No texto, as Concelhias lembram que o Chega é “um partido anti-sistema que tem como uma das suas bandeiras o combate aos bandidos e corruptos” e consideram que Filipe Melo não deve entrar no grupo parlamentar do partido, “pois não representa de todo os princípios e valores” defendidos.
“Há valores e princípios dos quais não abdicaremos e por isso aguardamos uma decisão do presidente do partido, que vá de encontro aquilo que defende desde o dia 9 de Abril de 2019. Esperemos que o presidente André Ventura utilize a capacidade que lhe foi conferida no Congresso em Viseu”, frisa.
Segundo o comunicado, a vice-presidente da Distrital, Eugénia Santos, de Braga, o secretário José Osório e o tesoureiro Filipe Araújo “estão solidários” com as Concelhias, numa tomada de posição “motivada por um sentimento de engano, perda de confiança e total desilusão”.
“As concelhias em conjunto com Filipe Melo elaboraram uma estratégia para as legislativas de 2022. Estratégia essa que o próprio desvalorizou, não ouvindo nenhuma concelhia, nem mesmo os membros da distrital para a elaboração da lista e campanha legislativa pelo distrito”, pode ler-se.