Já são conhecidos os resultados do concurso de Ideias de Arquitectura para a regeneração urbana da Avenida da Liberdade. Os projectos apresentados constituem uma base de trabalho para o município, com vista a definir estratégias de regeneração sustentável e de articulação entre a zona norte e sul da idade.
Dos cinco projectos apresentados, a proposta da empresa de arquitectura ‘Machado + Braga Macedo’ recolheu o consenso do júri e arrecadou o primeiro prémio no valor de 12.500 euros. O segundo prémio, no valor de 5.000 euros, foi atribuído à proposta apresentada por Luís Guimarães, e em terceiro lugar ficou a proposta apresentada por Fernando Jorge Peixoto Dias, que recebeu um prémio de 2.500 euros. As restantes propostas merecerem a atribuição de menções honrosas de natureza não pecuniária.
“Todos os projectos apresentados continham propostas estimulantes em diversas áreas de intervenção urbana. O projecto
vencedor apresenta algumas soluções que consideramos interessantes e que podemos desenvolver, apesar de também apresentar outras que não são exequíveis financeiramente”, referiu Ricardo Rio, durante a cerimónia de apresentação dos resultados do concurso, que decorreu esta quarta-feira no edifício GNRation.
Segundo o presidente da Câmara, a regeneração urbana “tem de ser capaz de mobilizar os agentes públicos e agentes os privados” e lembrou que no contexto da Avenida da Liberdade “é necessário procurar melhores soluções de mobilidade, dando todas as condições de circulação para os peões, sem comprometer a circulação automóvel”.
A proposta vencedora contém medidas que o município “não coloca de parte”. Para Ricardo Rio, o reordenamento dos perfis da Avenida da Liberdade e o prolongamento do túnel; a criação de uma ligação subterrânea de forma a fazer a ligação territorial entre o Parque da Ponte e o Monte Picoto; a redefinição do acesso ao Parque de Exposições, bem como as intervenções nos centros comerciais de primeira geração, são ideias “pertinentes e a ter em conta”, no entanto, “nem todas dependem exclusivamente da autarquia”.
A Câmara vai agora “conciliar todos os contributos para a definir uma estratégia de regeneração coerente, racional e sustentável, através de um conjunto de intervenções que vão valorizar a Avenida da Liberdade e todas as zonas adjacentes”, concluiu Ricardo Rio.
A valorização das componentes ambientais, económicas e históricas foram objectivos fulcrais deste concurso. Para Miguel Bandeira, vereador do Urbanismo a realização deste concurso de ideias traduziu-se “em mais um momento de grande significado” para o actual executivo, no que concerne à política de revitalização do espaço urbano.
Segundo o vereador, deste concurso resultam propostas “capazes de proteger e requalificar o edificado do local, de promover a fruição do centro histórico”, assim como, “ideias concretas para articular e potenciar conjuntamente duas áreas estratégicas para o desenvolvimento da cidade: a área do Centro Histórico de Braga (ARU Centro Histórico) e a definida em plano como a ARU Braga Sul”.
Recorde-se que o concurso de ideias de arquitectura para a regeneração urbana da Avenida da Liberdade e zonas adjacentes, resultou de um desafio que o município e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal lançaram a arquitectos ou empresas de arquitectura, com o objectivo de promover o debate e a análise de propostas com vista à definição de uma futura estratégia de intervenção. Esta iniciativa contou ainda com a parceria da AIMinho – Associação Empresarial e da Universidade do Minho.
As propostas apresentadas estão em exposição no edifício GNRation até ao dia 25 de Janeiro e estão disponíveis para consulta no site do Município de Braga em: http://goo.gl/0SBlp1