O homem que matou a tiro a ex-companheira, ex-sogros e ex-enteado em Abril de 2015, na Estela, Póvoa de Varzim, foi condenado a 25 anos prisão pelo Tribunal de Matosinhos.
O advogado de defesa vai analisar acórdão e só depois decide se “recorre ou não”. No entanto, considera que o tribunal aplicou a pena de “forma firme” dada a “gravidade” dos crimes.
O arguido de 42 anos confessou os crimes, sem demonstrar qualquer emoção, afirmou “não conseguir entender como fez aquilo que fez”.
Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu pena máxima, 25 anos de prisão, para o homicida confesso por considerar que quis “efectivamente matar estas quatro pessoas” porque as atingiu a curta distância e em zonas vitais.
De acordo com a acusação do MP, o arguido armou-se “com uma pistola e com um revólver carregados, assim como com várias munições de reserva, dirigiu-se à rua Comendador Araújo, na Estela, Póvoa de Varzim, à casa onde a sua anterior companheira vivia com os pais, e abateu-os a tiro, bem como a um filho que aquela tinha de uma anterior relação”.
As quatro mortes ocorreram na sequência de “conflitos com a posse de terrenos e o recebimento das respectivas rendas” entre o alegado homicida e uma das vítimas, adiantou.
Ao arguido, em prisão preventiva desde o dia 29 de Abril de 2015 – data em que foi detido na A3, em Valença, a dois quilómetros da fronteira espanhola, depois de se despistar – estão imputados quatro crimes de homicídio qualificado, três crimes de ameaça agravada, um crime de detenção de arma proibida e um crime de uso e porte de arma sob efeito de álcool.
FG (CP 1020) com RR