Paris está a viver horas de violência depois de um tiroteio, perto de um centro cultural curdo. Elementos da comunidade curda em França estão em protesto, assim como manifestantes anti-sistema, na sequência do assassinato de três pessoas esta sexta-feira no centro da capital francesa.
Os canais tv de notícias mostram que o corpo de intervenção responde com gás lacrimogéneo, tendo já detido alguns manifestantes. Há ainda notícia de mais de uma dezena de polícias.
O ministro do francês do Interior já anunciou o reforço de segurança dos locais onde está presente a comunidade curda.
Recorde-se que esta sexta-feira, morreram três pessoas de origem curda e três outras ficaram feridas no ataque perpetrado por um homem de 69 anos, de nacionalidade francesa, já detido pelas autoridades.
Trata-se de um maquinista reformado e tem antecedentes criminais. Há um ano também atacou um campo de migrantes. É conhecido pela polícia por envolvimento em duas tentativas de homicídio em 2016 e 2017.
Entretanto, a procuradora do Ministério Público de Paris, Laure Beccuau, confirmou que o suspeito já estava referenciado pelas autoridades e tinha sido libertado da prisão no passado dia 11, onde cumpriu sentença por esse mesmo crime.
Também o ministro da Administração Interna francês, Gérald Darmanin, confirmou que o homem queria “atacar estrangeiros”.
Antes do ministro ter reagido ao ataque, a comunicação social francesa já tinha avançado que as motivações do autor anos eram racistas.
O incidente aconteceu na rua d’Enghien, no 10.º bairro, no centro cultural curdo Ahmet Kaya, onde existe ainda um restaurante tradicional e um cabeleireiro.
Com Agências