Disseram uma coisa na PJ de Braga durante o inquérito criminal e o contrário na sala do julgamento do processo por alegada corrupção nos exames de condução no antigo Centro de Exames de Vila Verde da ANIECA- Associação Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel.
O Ministério Público, que os indicara como testemunhas, passando-os do estatuto de arguidos para o de testemunhas, não gostou e pediu seis certidões por falso depoimento, para novo inquérito criminal.
O Ministério Público, que os indicara como testemunhas, passando-os do estatuto de arguidos para o de testemunhas, não gostou e pediu seis certidões por falso depoimento, para novo inquérito criminal.
Inicialmente haviam confessado que pagaram dinheiro para serem beneficiados nos exames teóricos, o que lhes deu o direito a beneficiarem do estatuto de suspensão provisória do processo, ou seja, em vez de arguidos passaram a testemunhas do MP.
Agora, esqueceram-se do que tinham dito e, na sala do Tribunal, passaram a dizer que se não lembram de ter pago e muito menos a qual examinador em concreto.
O julgamento por alegada corrupção nos exames e que envolve 47 arguidos, entre examinadores, instrutores e donos de escolas de Vila Verde e da região minhota, tem já audiências marcadas até ao final de julho. No final do próximo mês, deve ser marcada uma sessão para agosto dado que os julgamentos de processos-crime não podem, por força da lei, estar parados mais do que 30 dias. Recomeça em setembro, prevendo-se que possa acabar em finais de outubro.
Até agora, e enquanto o Ministério Público tenta demonstrar que houve «ajudas» ilegais a alunos a troco de dinheiro, os advogados de defesa ensaiam a demonstração do seu contrário, a de que não há provas claras de que alguém tenha sido beneficiado nos exames, nomeadamente nos teóricos.
Luís Moreira (CP 8078)