O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira a intenção do Governo de baixar substancialmente o IRC para empresas instaladas no interior do país, podendo atingir uma “colecta zero” em função do número de postos de trabalho criados.
“Iremos rever o quadro fiscal aplicável, reforçando a discriminação positiva do interior. Entre outras medidas, tencionamos que as empresas dos territórios de mais baixa densidade populacional possam beneficiar de reduções substanciais do IRC, podendo chegar até a uma colecta zero, em função do número de postos de trabalho”, declarou o líder do executivo.
António Costa falava na cerimónia de apresentação do relatório do Movimento pelo Interior, no antigo Museu dos Coches, tendo a escuta-lo na primeira fila da plateia o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro voltou a criticar a intenção da Comissão Europeia de cortar verbas ao fundo de coesão, salientou a abertura do Governo para ponderar as propostas do Movimento pelo Interior, mas avançou ainda com outras medidas que o seu executivo tenciona adoptar a curto prazo.
“Vamos lançar uma linha de crédito no montante de 100 milhões de euros, destinada exclusivamente a pequenas e microempresas situadas no interior, para financiamento de projectos de criação, expansão ou modernização de unidades produtivas”, declarou também o primeiro-ministro.