O primeiro-ministro destacou esta sexta-feira a euro-região Norte de Portugal – Galiza como exemplo de resiliência, assinalando que o Alto Minho tem sabido aproveitar a “enorme vantagem competitiva” deste território transfronteiriço.
“Já há uma euro-região entre o Norte de Portugal e a Galiza. Isso é uma enorme vantagem competitiva para Portugal e para o Alto Minho, que tem sabido aproveitar muitíssimo bem esse potencial”, afirmou António Costa em Paredes de Coura, onde inaugurou a variante à Estrada Nacional (EN) 303, um investimento de 10,8 milhões de euros, que liga a zona industrial de Formariz, em Paredes de Coura, à Auto-Estrada 3 (A3).
O primeiro-ministro discursava naquele parque empresarial, nas instalações da Doureca, uma empresa que ficou destruída por um incêndio em 2021, e que, de acordo com António Costa, “renasceu das cinzas” sem extinguir “nenhum posto de trabalho”, tornando-se um exemplo de “resiliência simbólica de quem vive e trabalha no Alto Minho”.
“O Alto Minho é uma das principais regiões na atracção de investimento e na capacidade de atracção de investimento exportador”, afirmou.
Quanto à Doureca, observou tratar-se de “uma empresa de produção de componentes para a industria automóvel”, que “assegura que não haja nenhum carro em circulação na Europa que não tenha pelo menos uma peça produzida em Portugal”.
“Muitos consideravam uma fatalidade estar no interior, que estas regiões de fronteira deviam ser uma espécie de barreira de zonas mais pobres. Em Portugal e Espanha tivemos muitos anos em que esta fronteira foi campo de batalha e foi sendo terra de ninguém”, lamentou o primeiro-ministro.
Contudo, disse António Costa, “nada justifica que assim continue”.
“Somos dois países irmãos, temos tudo a ganhar em valorizar dimensão transfronteiriça”, frisou.
A variante hoje inaugurada por Costa é uma obra símbolo da medida PRR Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) – Acessibilidades Rodoviárias, com dotação inicial de 142 milhões de euros, reforçada na reprogramação para 166,4 milhões de euros, e que visa garantir o acesso das AAE às principais vias.
No final da cerimónia, nem o ministro das Infra-Estruturas nem o primeiro-ministro quiseram prestar declarações aos jornalistas.
Com Executive Digest