O fecho de todas as escolas no país para travar o surto de coronavírus é decidida esta quarta-feira pelo Governo, numa reunião agendada com o Conselho Nacional de Saúde Pública.
“Se o Conselho Nacional de Saúde Pública decidir que a melhor opção é fechar as escolas, seguiremos essa sugestão e agiremos em conformidade; se a decisão for a de manter a metodologia actual, de encerrar apenas aquelas em que há focos, é o que faremos”, afirmou o primeiro-ministro, em conferência de imprensa após uma reunião com vários ministros, entre os quais o da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e a da Saúde, Marta temido.
Questionado, ainda, sobre a eventualidade de se anteciparem as férias da Páscoa, de forma a que os alunos pudessem ficar em casa, numa espécie de quarentena dissimulada, António Costa remeteu a decisão para o resultado da mesma reunião. “Daremos seguimento àquilo que for recomendado e agiremos de acordo com a melhor informação técnica possível”, justificou o primeiro-ministro.
AULAS COMPENSADAS
O presidente dos directores escolares, Filinto Lima, defende que os alunos prejudicados pelo encerramento das escolas por causa do novo coronavírus poderão ter aulas extra no final do ano lectivo ou nas férias da Páscoa.
Para o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, os estudantes que, no final do ano lectivo, vão realizar exames nacionais devem ter aulas extra caso fiquem sem aulas.
Os alunos do 9.º, 11.º e 12.º anos deverão ter aulas de compensação às disciplinas que tenham exames, defendeu Filinto Lima, sublinhando, no entanto, que cada comunidade educativa tem autonomia para decidir quais as medidas a aplicar tendo em conta a sua realidade escolar.
O impacto das aulas perdidas por causa do encerramento das escolas também começa a ser um assunto que preocupa os pais que garantem ter sempre como prioridade a saúde e bem-estar dos filhos.
Redacção com JN e TSF