O curso de Criminologia e Justiça Criminal da Universidade do Minho UMinho) foi o mais difícil de entrar neste ano lectivo em todo o ensino superior público nacional.
A licenciatura teve neste seu segundo ano de existência 170 candidatos em primeira opção para as 25 vagas do concurso nacional de acesso, o que significa que só 15% entraram.
Os dados constam do Índice de Satisfação e Procura da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que contrapõe o número de vagas com o dos alunos que colocaram essa formação em primeira opção entre os mais de mil cursos.
Para o director da licenciatura em Criminologia e Justiça Criminal, a grande procura deve-se à crescente importância social da área e à qualidade científica do corpo docente, envolvendo a Escola de Direito, a Escola de Psicologia e o Instituto de Ciências Sociais da UMinho.
“A sociedade requer especialistas no conhecimento da realidade psicológica, social e judicial do crime, pois são uma mais-valia na investigação forense, nos processos de interrogatório aos arguidos, no estudo da vitimologia, no apoio à reinserção social ou até na avaliação das questões do terrorismo, o qual é impensável combater sem criminólogos”, explica Fernando Conde Monteiro.
ÁREA RECENTE EM PORTUGAL
Este campo de estudo “é recente em Portugal” mas está afirmado em países como Reino Unido ou EUA e, por outro lado, mal despontou nos países em desenvolvimento, o que abre muitas portas aos futuros profissionais.
O curso tem três anos de duração e decorre no campus de Gualtar, em Braga. Entre as próximas apostas da UMinho pondera-se a criação do mestrado e do doutoramento em Criminologia.
FG (CP 1200) com Universia Portugal