Em declarações publicadas na página da internet da Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga afirma que o reconhecimento da UNESCO tem “um valor incalculável”, que ultrapassa “claramente” as fronteiras do país, esperando que agora seja ainda mais procurado, mais visitado e muito mais compreendido.
“O Bom Jesus é o ex-libris de Braga e por isso mesmo tem um significado muito particular. Diria que é quase impossível conhecer Braga sem conhecer o Bom Jesus, uma coisa está inteiramente ligada à outra. O Bom Jesus tem um grande significado, uma grande história com o seu património e também com a dimensão ambiental”, disse o arcebispo de Braga.
Para Varico Pereira, secretário da Confraria do Bom Jesus do Monte, “este é um grande reconhecimento do excepcional valor patrimonial e paisagístico do Bom Jesus e é, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade”.
“Este selo – sim, porque nós já considerávamos o Bom Jesus Património Mundial, faltava-lhe apenas esta certificação – é o tal reconhecimento visível que faltava ao Bom Jesus e é um selo de responsabilidade para com o futuro”, afirma Varico Pereira em declarações também publicadas na página da internet da Arquidiocese de Braga.
A candidatura do Santuário do Bom Jesus a Património Mundial da UNESCO foi apresentada em Janeiro de 2014.
O conjunto arquitectónico do Bom Jesus do Monte é considerado um ‘ex-líbris’ da cidade de Braga; em 1373 já existia uma ermida dedicada à Santa Cruz.
O actual templo que remata o escadório, com as Capelas e Passos da Paixão, foi concluído em Setembro em 1811, substituindo um antigo templo barroco que vinha do tempo de D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728).