O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, recordando os reclusos dos estabelecimentos prisionais de Braga e Guimarães, revelou esta sexta-feira na homilia da Missa de Natal, a intenção de avançar com a construção de uma casa de transição, ‘Casa Esperança’, por forma a facilitar “a passagem da vida institucional para a vida em comunidade”.
“Sair de um ambiente totalmente controlado para um ambiente onde há poucas ou nenhumas restrições e uma grande variedade de tentações é muitas vezes motivo para que muitos ex-reclusos regressem ao crime”, sublinhou Ortiga.
O Arcebispo de Braga falou da opção de estar atento a “qualquer próximo” que encontra, “sem exclusão de espécie nenhuma”. “Se a vida dos outros tem alegria é com essa alegria que me identifico. Se é sofrimento, a sua dor é minha e as suas lágrimas não ficam sozinhas”, confidenciou.
Na homilia, o Arcebispo Primaz lamentou que no Natal haja tanta preocupação com a corrida para “comprar prendas” ou por elaborar um “jantar festivo onde nada falte”, em vez de atender ao verdadeiro sentido do Natal, apelando para a descoberta do “sentido profundo” desta celebração, ultrapassando a excessiva atenção às “preocupações exteriores”.
O prelado deixou ainda uma nota de agradecimento ao ‘Menino de Belém’ por todos os voluntários que “por Ele e pelo Seu Reino, gastam horas, dinheiro e energias”, pedindo que os fiéis empreguem parte do seu tempo na ajuda ao próximo, em atividades de voluntariado.
FG (CP1200)