O Livre apresentou uma queixa junto da Comissão Nacional de Eleições contra o PSD, a RTP, a SIC e a TVI, devido ao modelo de debates televisivos na antecâmara das Eleições Legislativas, avança esta terça-feira a TSF.
Na queixa, a que a rádio teve acesso, o partido de Rui Tavares mostra-se contra a participação de Nuno Melo nos debates, que “coloca o Livre em situação de desvantagem”.
O partido apela à Entidade Reguladora para a Comunicação Social a que “reponha a legalidade e o respeito pelos princípios da igualdade e do tratamento equitativo das várias candidaturas”.
O Livre lamenta ainda que as direções dos canais televisivos (assim como “as restantes candidaturas”) não tenham mostrado abertura para “chegar a um modelo de debate que fosse justo e equitativo para todas as candidaturas”.
“A aceitação deste modelo viola o princípio da igualdade de oportunidades das várias candidaturas no âmbito dos debates ao tratar de forma diferente, colocando o Livre em situação de desvantagem face aos restantes partidos candidatos”, escreve o partido na queixa, assinada por Rui Tavares, citada pela TSF.
PARTIDO APRESENTA SOLUÇÕES
A escolha entre Luís Montenegro e Nuno Melo para encarar os debates foi da responsabilidade do primeiro-ministro, critério que merece repúdio do Livre, por “ser o próprio a escolher quais os partidos com os quais está disponível para debater ou não”.
“Não se tratou nesse caso sequer de uma escolha dos órgãos de comunicação social e que, portanto, se possa enquadrar no âmbito da liberdade ou autonomia editorial. Certo é também que nenhum argumento minimamente objetivo ou coerente foi apresentado para esta recusa do Primeiro-Ministro em debater com alguns partidos, aceitando debater com outros”, argumentam.
De acordo com a TSF, o Livre apresenta duas soluções para resolver o impasse: “permitir a inclusão do CDS nos debates a título próprio”, respeitando assim a sua “representatividade política e social” ou “sortear” em qual ou quais debate o CDS representa a coligação.
Recorde-se que Luís Montenegro mostrou-se disponível para debater com o PS, Chega, Iniciativa Liberal e PCP, deixando os debates do Bloco de Esquerda, Livre e PAN para o presidente do CDS-PP e ministro da Defesa, Nuno Melo.