O deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira afirma que o projecto de TGV Porto-Vigo “não passa de intenção” e pede ao deputado ministro das Infra-estruturas e Habitação contenção nos anúncios e nas suas proclamações porque as “populações dispensam ilusões”.
Sobre a construção, de forma faseada, de uma nova linha (de via dupla e de alta velocidade) para passageiros entre Porto Campanhã, Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Valença e Vigo, dando prioridade ao troço Braga e Valença, o parlamentar famalicense, citado pela rádio Cidade Hoje, afirma que o Governo nada diz “sobre uma ou outras fases subsequentes, com vista à construção do troço entre Porto e Braga”.
Jorge Paulo Oliveira quis saber se existia algum anteprojecto, “algum esboço mais desenvolvido” sobre o futuro trajecto entre Porto e Braga, quais as freguesias e municípios que o mesmo atravessa e para quando é expectável a definição do espaço canal, para efeitos da sua inserção nos planos directores.
Segundo o deputado do PSD, eleito pelo circula eleitoral de Braga, Pedro Nuno Santos demonstrou que não estava em condições de descrever o canal que irá ser utilizado,” um trabalho que ainda não começara, mas que tinha de ser feito com as autarquias o quanto antes”.
De acordo com o deputado, o ministro somente referiu que os comboios não serão de alta velocidade (TGV), “mas de velocidade alta”, pelo que a ligação entre Porto-Vigo “será feita nos actuais Alfas-Pendulares”, usando a Linha do Minho, entre Porto-Campanhã e Nine, e daqui até Braga pelo ramal ferroviário existente.
“Não temos nenhum projecto, nem anteprojecto, não temos nada. Subsiste apenas a expressão de uma vontade. Não temos, nem vamos ter alta velocidade, mas sim velocidade alta. Estamos no mesmo ponto em que ficamos em 2009, quando pela última vez este assunto mereceu ampla discussão pública”, afirma Jorge Paulo Oliveira.