André Coelho Lima afirma que a actual crise política levanta a questão da “decência gestionária” por parte de quem aceita participar na vida governativa.
“Estamos num tempo em que mais do que discutir competência gestionária ou governativa, temos que discutir decência gestionária e governativa”, diz o deputado do PSD, citado esta sexta-feira pelo Grupo Santiago.
Sobre a crise política aberta pelo pedido de demissão de António Costa, o deputado vimaranense considera que atendendo aos “motivos em concretos” que estiveram na base dessa decisão e a que se “somam outros casos ocorridos este ano, não haveria outra alternativa” que não fosse a decisão tomada pelo Presidente da República.
E se dá como certo que “ninguém deseja a instabilidade”, a verdade é que isso não aconteceu “depois de uma soma de casos difíceis de compreender” e que ensombrou a governação do executivo liderado por António Costa.
Para o cabeça-de-lista por Braga às ultimas Legislativas “não nos podemos queixar do crescimento dos radicalismos e dos populismos, quando os partidos do ‘arco da moderação’ acabam por ser responsáveis pelo crescimento desse radicalismo e desse populismo”.
“Está sempre nas mãos de cada um de nós a forma como exercemos o poder.”
ELEIÇÕES “INESPERADAS”
O político natural de Guimarães diz ao Grupo Santiago que este “não é o tempo” nem é “relevante” saber se encabeçará de novo a candidatura do PSD pelo círculo eleitoral de Braga nas próximas eleições.
Sublinhando que as eleições antecipadas acontecem de forma “inesperada”, assegura que o PSD está preparado não só para ganhar as eleições como para governar.
“O PSD está sempre em condições de vencer as eleições e de governar o País porque o PSD é sempre alternativa de governo, como é natural”, frisa.