Carlos Vaz, coordenador concelhio de Braga do Aliança, foi eleito vice-presidente da Direcção Política Nacional do partido no III Congresso Nacional, que decorreu no passado fim-de-semana em Oeiras. A escolha para a presidência recaiu sobre o vianense Jorge Nuno de Sá.
Em nota ao PressMinho esta quarta-feira, Vaz diz que a sua eleição “reforça a posição de Braga nos órgãos nacionais”, com “o maior número de militantes bracarenses eleitos”, num congresso inevitavelmente marcado pelo chumbo do Orçamento de Estado para 2022.
O dirigente, eleito nas últimas autárquicas deputado na Assembleia Municipal de Braga, integrado na coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM/Aliança) ocupa deste modo a mesa ao lado de Jorge Nuno de Sá, outro minhoto de Viana do Castelo, escolhido para presidente da direcção nacional do partido fundado por Santana Lopes.
O congresso, que elegeu os órgãos nacionais para o triénio 2021/2024, aprovou alterações aos estatutos do partido, que passa a incluir duas organizações autónomas para a juventude (JovemAliança) e para os trabalhadores (Aliança Laboral).
“PORTUGAL NÃO PRECISAVA DE CRISE POLÍTICA”
No discurso de encerramento, Jorge Nuno de Sá referiu que “Portugal não precisava de acrescentar aos seus problemas uma crise política”.
“Mas, os partidos e o Presidente da República assim o quiseram. Estamos neste momento num período difícil, com que não contávamos há duas ou três semanas, mas desafiante”, afirmou o também deputado do Aliança na Assembleia Municipal de Lisboa
Marcelo, disse, “não pode marcar eleições à pressa, parecendo que está a favorecer alguns partidos ou alguma situação dominante, não deixando que outros se reorganizem, que as direitas falem, para se poderem criar alternativas de facto para Portugal e para os portugueses”.
“O que está em causa – sublinhou – “é uma solução perene, que dê um Governo a Portugal, que o leve de volta ao caminho do desenvolvimento e o tire da cauda da Europa”.
Falando para os militantes, o recém-eleito presidente disse que “a nossa primeira missão é, seguramente, fazer o crescimento do partido. (…) Este é o nosso primeiro objectivo”.
O Aliança, salientou, é “um partido personalista. Acreditamos na pessoa humana como base de toda a sociedade. É isso que nos faz distinguir da extrema-direita. É-nos indiferente o sítio onde nascemos, as condições com que nascemos, de onde viemos. O nosso foco é a pessoa humana e a família como base da sociedade”.
“Somos liberais no sentido de libertadores, de não acreditar num Estado que nos oprime, num Estado que nos controla. E somos solidários, ao mesmo tempo, porque acreditamos numa sociedade mais justa, de equidade, onde através de pilares fundamentais que o Estado deve garantir, como a saúde, a educação, a segurança social, conseguimos dar as mesmas condições a todos, independentemente de termos nascido num bairro mais pobre ou num bairro mais rico, numa cidade do interior ou no litoral, num território de baixa densidade ou nas grandes metrópoles, temos todas as mesmas oportunidades”, garantiu.
“É isso que nos faz diferente da esquerda, que nos quer todos iguais, mas nivelados por baixo”, rematou Jorge Nuno de Sá.
Jorge Nuno de Sá, de 44 anos, está no Aliança desde a sua fundação, em 2018. Foi deputado na IX Legislatura, eleito nas listas do PSD pelo círculo de Viana do Castelo.
Entre Setembro de 2002 e Março de 2005 foi presidente da Comissão Política Nacional da JSD. Este é o terceiro presidente nacional do Aliança. O fundador, Pedro Santana Lopes, dirigiu o partido entre 23 de Outubro de 2018 e 27 de Setembro de 2020. Paulo Bento esteve à frente da Direcção Política Nacional entre 27 de Setembro de 2020 e 31 de Outubro de 2021.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)