Os presidentes de Câmara de Famalicão e Póvoa de Varzim juntaram-se esta quarta-feira com responsáveis das candidaturas da Aliança Democrática (AD) do distrito de Braga e do Porto, para reiterarem a defesa de um nó de ligação à auto-estrada A7, nas freguesias de Fradelos e Balasar.
“Esta é uma flagrante demonstração, não apenas do desinvestimento no distrito, mas sobretudo de incompetência e desrespeito por parte deste governo socialista, para com esta região e para com o interesse público”, protestou o autarca famalicense Mário Passos.
Já presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, sublinhou que se trata de “uma obra com custo zero para o Estado e em que os municípios e também a Arquidiocese de Braga estão de acordo” no que toca à zona de intervenção, mas “mesmo assim o governo conseguiu em 8 anos fazer nada”.
O mandatário da candidatura da AD no distrito de Braga, Paulo Cunha, e o cabeça-de-lista pelo Porto, Miguel Guimarães, assumiram o compromisso de defender a concretização da obra, considerando “a convicção de que os portugueses vão mesmo escolher a mudança no próximo domingo e eleger Luís Montenegro para primeiro-ministro”.
Paulo Cunha, também ex-presidente do município de Famalicão, fez questão ainda de referir “as ausências de investimento” do governo PS nestes oito anos ao nível das acessibilidades no distrito, “deixando estradas nacionais num estado de degradação intolerável, para além de não ter avançado com qualquer nova via”.
A “paralisação do processo” para o nó de acesso à A7 em Celorico de Basto, a anunciada Variante do Tâmega que “continua sem ver feitos os últimos três quilómetros em falta, assim como a ausência de qualquer acção para resolver as dificuldades de acesso a concelhos como Vila Verde, Amares e Vieira do Minho”, foram também apontadas pelo mandatário da coligação PSD/CDS/PPM no distrito de Braga.
Das estradas em degradação, o presidente da Câmara de Famalicão sublinhou a situação da EN206, cujo tráfego “seria extremamente beneficiado com a ligação do nó da A7 em Balasar e Fradelos, que serviria ainda o concelho de Barcelos”.
“Esta ligação à A7 situa-se numa malha urbana e industrial com grande importância e impacto no desenvolvimento da região e na economia do país. Permitira também libertar a EN206 do trânsito de pesados. Mas nem isto o governo PS conseguiu fazer”, lamentou Mário Passos.
Os autarcas esclareceram que a ‘Ascendi’ aceitou assumir a obra a custo zero, prorrogando seis meses o prazo de concessão que termina já em 2025. “Essa prorrogação vai acontecer de forma automática, porque já não há tempo para novo concurso de concessão, mas vamos ficar sem obra, o que mostra a incompetência deste governo PS, que por motivações partidárias preferiu fazer vários nós de ligação em Vila do Conde, deixando depois esta região sem qualquer nó em 22 quilómetros de auto-estrada”, denunciou Aires Pereira.