O cabeça-de-lista da Aliança Democrática (AD) no distrito de Braga, Hugo Soares, lamentou esta sexta-feira “os elevados níveis de pobreza e o aumento das desigualdades sociais” que “estão a agravar-se, atingindo cada vez mais trabalhadores e famílias sobrecarregadas com despesas correntes”.
Referindo que “sem mais rendimentos ou património, não é possível a estas pessoas evitar a pobreza”, Hugo Soares lembrou que o programa de governo da coligação liderada por Luís Montenegro propõe o reforço do Complemento Solidário para Idosos e a criação do Suplemento Remunerativo Solidário, tendo como objectivo assegurar, em 2028, um valor mínimo de rendimento mensal de 820 euros para os pensionistas.
Tendo em vista reduzir a taxa de pobreza entre os trabalhadores, a AD “tem o compromisso de aumentar o salário mínimo nacional para 1.000 euros, em 2028, e aumentar o salário médio para 1.750 euros, em 2030, com base em ganhos de produtividade e diálogo social”.
Fazendo o balanço de reuniões com responsáveis da Cáritas Arquidiocesana de Braga e da União Distrital das IPSS, o candidato social-democrata alertou: “Há uma emergência em Portugal para a redução urgente da pobreza, com particular atenção nos trabalhadores e nos pensionistas. Esta é uma situação que se agrava também por força do aumento contínuo da carga fiscal”.
O líder da candidatura da coligação PSD/CDS/PPM sublinhou que “é absolutamente imprescindível reduzir os impostos”, seja sobre as empresas ou os trabalhadores, até porque “o preço final cai sempre em cima das pessoas e das famílias”. Exemplo disso é, de acordo com a monitorização de preços da DECO, “o cabaz alimentar que continua a aumentar acima da taxa de inflação e muito acima da evolução dos salários”.
“NÚMEROS PREOCUPANTES”
“Há uma certeza que todos já puderam tirar desta campanha: o PS recusa-se a baixar impostos. A Aliança Democrática é a única alternativa de governo que assume a baixa de impostos como ferramenta para aumentar os rendimentos das pessoas e o crescimento da economia”, frisou Hugo Soares.
A par de “números preocupantes” sobre os índices de pobreza na população portuguesa e “o estrangulamento dos rendimentos das pessoas com mais impostos”, o líder da candidatura da AD denunciou a “prática política do PS em criar dificuldades às instituições sociais, que procuram ajudar as pessoas mais vulneráveis”.
“A pobreza atingiu níveis inadmissíveis”, protestou Hugo Soares.
De acordo com os dados mais recentes, citados pela AD, relativos ao final de 2022, a taxa de risco de pobreza antes de prestações sociais aumentou para mais de 41% da população – que é maior do que a registada no início do século. Há 2,1 milhões de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social. Têm-se agravado também os vários indicadores de desigualdade do rendimento nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, Portugal atingiu a carga fiscal máxima de sempre, detendo o 4.º esforço fiscal mais elevado da Europa.
A Aliança Democrática alerta que, simultaneamente, “Portugal tem sido sucessivamente ultrapassado nos índices de desenvolvimento, caminhando para a cauda da Europa em PIB per capita: desde 2000 foi ultrapassado por seis países da Coesão, e em 2024 prevê-se que o seja também pela Roménia”.
Com os governos do PS, “o número de trabalhadores que auferem o salário mínimo nacional cresceu para cerca de 840 mil e o diferencial do salário médio é cada vez mais reduzido. Cerca de dois terços dos jovens têm um rendimento mensal inferior a mil euros. Em 2022, cerca de 1,5 milhões de pensões tinham um valor inferior ao salário mínimo, com uma pensão mínima mensal de cerca de 292 euros”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)