O empobrecimento florestal do país “tem que ser parado”, afirma Capoulas dos Santos, considerando que a reforma das florestas exige um “grande fôlego” e um investimento de uma geração e não só do actual governo.
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural falava esta quinta-feira na inauguração da edição 50 da AGRO- Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, a decorrer em Braga até ao próximo domingo.
Falando à margem da abertura do certame, Capoulas dos Santos defendeu que a reforma da floresta nacional, aprovada esta terça-feira pelo governo socialista de António Costa, é uma questão que justifica um “amplo consenso nacional”.
O ministro, que se fazia acompanhar por Ricardo Rio, presidente da autarquia bracarense e de Carlos Oliveira, responsável da InvestBraga, entidade que administra o Parque de Exposições de Braga, lembrou que Portugal perdeu cerca de 150 mil hectares de floresta, um processo de empobrecimento florestas que “tem de ser parado”.
O património florestal “não está a ser aproveitado”, reconheceu o membro do governo. Causas: desinvestimento, doenças e incêndios.
AGRICULTURA É “JÓIA DA COROA”
Falando para inúmeros convidados e expositores, Capoulas dos Santos apresentou a agricultura como “a jóia da coroa portuguesa”.
A agricultura, afirmou, “cresce a um ritmo superior” em relação a outros sectores económicos, avançando que só em 2017 foram abertos duas dezenas de novos mercados em outros tantos países, estando prevista a abertura de outras seis dezenas para centena e meia de produtos de origem animal e vegetal.
O ministro, que considera a Agro a “grande” feira agrícola do Norte e Noroeste Peninsular, defendeu a internacionalização como a alavanca para o crescimento do sector primário e dos sectores económicos associados ao mundo rural, dando como exemplo a exportação dos frutos vermelhos que atinge já os 93 milhões de euros, destronando a ‘líder’, a pera rocha.
FG (CP 1200)