A Câmara de Esposende vai avançar com um plano de incentivos para a fixação de empresas, anunciou o presidente da autarquia na abertura da sétima Conferência Ibérica de Empreendedorismo que decorre em Ofir, até esta sexta-feira. O encontro contou com a presença de Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga.
O plano será levado a discussão e votação, na próxima reunião do executivo municipal, no dia 15. “Estivemos a adequar o plano à realidade do município, porque pretendemos cativar investidores, mas também ajudar os que já estão instalados”, sustentou Benjamim Pereira, apontando a abertura do Centro de Negócios como o local onde será privilegiada a troca de experiências e cooperação laboral.
No que concerne ao apoio a empresas, o autarca destaca a isenção de taxas – em função do investimento e do número de postos de trabalho criados -, e de Derrama como aliciantes para os empresários.
“O município compromete-se, ainda, a agilizar os projectos que são submetidos para aprovação e isentar de IMI, por cinco anos, renováveis por igual período”, acrescentou Benjamim Pereira.
Lembrando que Esposende tem uma vocação turística e ambiental, o autarca estabelece prioridades, lembrando que o concelho não tem um perfil industrial vincado.
ACTIVIDADES DIVERSIFICADAS
“Queremos empresas de áreas de actividade diversificadas, mas não desafectamos, casuisticamente, a RAN, nem a REN para alargar áreas industriais. Queremos crescer em termos demográficos, captando jovens para viver em Esposende, mas sem agredir os valores que elegemos como primordiais para o concelho”, sustentou.
Tendo como objectivo o reforço das sinergias entre o universo científico e o empresarial com o desígnio de partilhar conhecimento, capacidades e experiências, a conferência Ibérica de Empreendedorismo reuniu especialistas em áreas tão vastas do empreendedorismo como, a social, a cultural, a educação ou microecosistemas empreendedores.
De resto, a partilha de conhecimento e cooperação apresentam-se como o maior desafio das empresas portuguesas. Conforme referiu Henrique Capelas, responsável do Norte 2020, na CCDRN, “estão longe de ficar esgotados os fundos destinados à investigação conjugada com a área empresarial. A inovação só existe se a investigação pura for aplicada na economia e há valor acrescentado”.
Na mesma linha de pensamento, Olímpio Castilho, presidente do Instituto Politécnico do Porto, considera haver “bons exemplos de cooperação entre grandes empresas e universidades. O défice de transferência de conhecimento verifica-se com as pequenas e médias empresas”.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, explicou que a autarquia à qual preside “apoia as incubadoras nas próprias empresas, dada a forte realidade industrial do concelho”.
Já o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio focou “o papel que tem sido desenvolvido pela InvestBraga ao nível do empreendedorismo e também o trabalho em parceria com as redes de municípios, quer na Comunidade Intermunicipal, quer no Eixo Atlântico”.
A 7.ª Conferência Ibérica de Empreendedorismo pretende fomentar a partilha de experiências, a conjugação de esforços e a criação de parcerias entre universidades, empresas e outras organizações, com o objectivo de fortalecer e impulsionar o empreendedorismo transfronteiriço entre Portugal e Espanha.