Há um profundo mal-estar entre responsáveis do Corpo Nacional de Escutas (CNE) por verem o nome do seu chefe nacional, Ivo Faria, de Famalicão, envolvido nas notícias sobre o caso Luanda Leaks, que este sábado toma posse para um segundo mandato no cargo, avança o 7MARGENS.
Há quem defenda que Ivo Fatia não deva tomar posse, marcada para a Póvoa de Varzim, como também quem diga que só o próprio deve decidir o que fazer, enquanto os bispos só tomam posição sobre o caso se houver queixa, reporta aquele jornal online.
O que está em causa o papel desempenhado por Ivo Faria, sócio na PwC (PricewaterhouseCoopers, uma das maiores empresas do mundo na área da consultoria financeira), nos negócios de Isabel dos Santos em Portugal.
O actual chefe nacional do CNE seria, com Jaime Esteves, uma das pessoas que mais trabalhou com Mário Leite da Silva, apontado como o braço direito de Isabel dos Santos em Portugal. Jaime Esteves demitiu-se do seu cargo de responsável do departamento fiscal da empresa por causa da “seriedade das alegações do Luanda Leaks”, afirmou então ao Observador.
João Carvalhosa, ex-chefe regional de Lisboa, citado pelo 7MARGENS, é um dos que defende que Ivo Faria não deveria tomar posse, afirmando que “enquanto dirigentes e titulares de cargos”, os responsáveis máximos têm o “dever de proteger o CNE”.
Contactado pelo 7MARGENS, Ivo Faria preferiu não fazer declarações. Considera ser seu dever dar, primeiro, explicações ao conselho nacional do CNE.