As candidaturas para a 5ª edição do Prémio Literário Manuel de Boaventura, atribuído pela Câmara de Esposende, encontram-se a decorrer até ao dia 31 de Janeiro.
O prémio, já conquistado por a Margarida de Carvalho, Filipa Martins, Mia Couto, Rui Couceiro e Giovana Madalosso, tem por objectivo de homenagear o legado deste ilustre escritor e incentivar a criação literária em língua portuguesa.
O prémio destina-se a autores maiores de 18 anos, com obras editadas em livro e escritas em língua portuguesa, cuja primeira edição tenha ocorrido durante os anos de 2023 e 2024. Este prémio de periodicidade bienal foi instituído pelo município de Esposende, com o intuito de homenagear e divulgar o escritor e homem de cultura esposendense.
O vencedor do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2025 recebe uma distinção monetária de 7 500 euros e contempla a modalidade da criação narrativa de Romances ou de Contos da autoria de escritores de língua portuguesa.
Os trabalhos submetidos serão avaliados por um júri composto por figuras de destaque no panorama literário e cultural, que terá como critérios principais a originalidade, a qualidade literária e a relevância temática das obras.
Os concorrentes devem enviar as obras literárias enviadas via CTT, com registo e aviso de recepção, para o endereço: Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, Rua Dr. José M. Oliveira, 4740-265 Esposende, até dia 31 de Janeiro de 2025. Mais informações em: https://www.municipio.esposende.pt/pages/980
MANUEL DE BOAVENTURA
Natural de Vila Chã, Esposende, onde nasceu em 1885, Manuel Joaquim de Boaventura fixou residência, em 1906, na freguesia de Palmeira de Faro, também em Esposende, onde escreveu toda a sua obra literária, composta por dezenas de títulos e uma notável colaboração jornalística nas principais revistas e jornais nacionais.
A sua paixão pela cultura local, pelos hábitos e costumes do Minho, pelo linguarejar típico, levaram-no a coligir e publicar, entre outras, uma extraordinária obra, Vocabulário Minhoto.
Nos seus romances e contos, reconhece-se a escrita da terra, os vocábulos lugareiros, as romarias e festas, o mundo maravilhoso de lendas, bruxas, gnomos, lobisomens, fadas e diabos, a narrativa humorística e emotiva dos costumes e paisagens de Entre Douro e Minho, especialmente o seu “terrunho” Natal.
Manuel de Boaventura faleceu a 25 de Abril de 1973, em Esposende.