O Tribunal Judicial de Braga ouviu, esta quarta-feira, uma das quatro ex-dirigentes da ASCRA- Associação Social Cultural e Recreativa de Apúlia, em Esposende, que estão a ser julgados pelos crimes de peculato, burla qualificada e administração danosa.
A arguida ouvida ainda não tinha falado nas sessões anteriores, tendo respondido, ponto por ponto ao teor da acusação. A sua audição prolongou-se por todo o dia, pelo que não houve tempo para que a acusação e a defesa fizessem as alegações finais.
António Neiva, Maria Dulce Fernandes, Álea Castro (ex-dirigente) e José Castro (antigo colaborador) terão cometido vários abusos entre os quais os da reparação de dois carros próprios com a conta – 1800 euros – paga pelo organismo, a compra de bijouteria, roupa, sapatos, casacos de pele, e a aquisição em hipermercados de alimentos e bebidas alcoólicas para consumo doméstico. Adquiriam, ainda, com cartões bancários da Associação, perfumes, e bilhetes de cinema.
A acusação diz, também, que usavam os telemóveis no estrangeiro em viagens pessoais, com custos de roaming, fazendo o mesmo com combustíveis, e despesas de saúde. Uma das dirigentes usava um carro da ASCRA, mas, apesar disso, ousou ‘meter’ despesas de deslocação, ao quilómetro, em carro pessoal.
Luís Moreira (CP 8078)