Os serviços secretos de Espanha afirmam ter interceptado nos últimos meses cada vez mais mensagens do auto-proclamado Estado Islâmico a apelar à persecução de atentados terroristas na Península Ibérica.
Segundo os serviços secretos espanhóis, só no país existem cerca de 200 cidadãos radicalizados e mais de 800 pessoas estão a ser investigadas.
De acordo com o jornal espanhol El Mundo, o apelo a ataques é o tema mais repetido das missivas interceptadas pelas autoridades. “Ataquem, ataquem, ataquem”, escrevem os cidadãos espanhóis que foram juntar-se às fileiras do auto-proclamado Estado Islâmico.
As autoridades espanholas temem eventuais ataques dos chamados “lobos solitários”, como já aconteceu em outros países da Europa, como na França, na Alemanha ou na Turquia.
No passado dia 16 foi detido pela polícia espanhola um professor de boxe, residente em Espanha, suspeito de enviar combatentes estrangeiros para as fileiras do Daesh em Marrocos, onde recebiam treino militar para atacarem mais tarde na Europa.
A ideia de atacar na Europa trata-se de uma estratégia do auto-proclamado Estado Islâmico para que a comunidade europeia mobilize a sua força militar para dentro das suas fronteiras e ponha de lado a luta em território controlado pela organização terrorista. Ao mesmo tempo, os extremistas islâmicos tencionam recuperar o território do califado na Europa dos tempos medievais.
FG (CP 1200) com Jornal Económico