O autoproclamado Estado Islâmico queimou vivas 19 mulheres na cidade de Mosul, no Iraque, de acordo com relatos citados pelo jornal inglês Evening Standard.
As mulheres tinham sido capturadas e transformadas em escravas sexuais pelo grupo terrorista mas recusaram ter relações sexuais com os seus donos, razão pela qual foram mortas.
Segundo uma testemunha citada pelo Standard, as mulheres foram colocadas em jaulas e depois queimadas vivas. “Ninguém podia fazer nada para as salvar desse castigo brutal”, afirma.
O método de morte lembra a execução de um piloto jordano que foi capturado pelo grupo em finais de 2014 e queimado vivo no início de 2015, também dentro de uma jaula. O assassinato foi filmado e divulgado nas redes sociais e motivou uma grande discussão entre especialistas em lei islâmica sobre se era legítimo queimar um criminoso de acordo com a sharia.
Na altura o Estado Islâmico defendeu-se dizendo que era legítimo aplicar a um assassino o mesmo que ele tinha feito às suas vítimas, e como o piloto terá bombardeado pessoas, a morte pelo fogo justificava-se. O argumento não se poderá aplicar às mais recentes vítimas da crueldade do Estado Islâmico.
Ao que tudo indica as mulheres em causa seriam da comunidade yazidi, uma minoria religiosa que os fundamentalistas islâmicos acusam de ser satânica. Quando o Estado Islâmico ocupou os territórios tradicionalmente habitados pelos yazidis, ao redor de Sinjar, as raparigas solteiras foram todas levadas e escravizadas enquanto praticamente todos os homens acima dos 14 anos foram mortos. Os rapazes mais novos foram forçosamente convertidos ao Islão e transformados em guerreiros e, frequentemente, em bombistas suicidas.
Nas últimas semanas e meses o Estado Islâmico tem sofrido duros revezes no campo de batalha, perdendo muito terreno tanto para os exércitos do Iraque e da Síria, como para outros grupos rebeldes que lutam contra o regime sírio, mas os terroristas continuam a dominar partes significativas de ambos os países.
Fonte: Renascença