Os elementos da PSP e GNR que acompanham a selecção portuguesa têm licença para atirar em caso de ameaça. A ameaça terrorista em França faz com que haja cuidados redobrados para o Euro 2016. De acordo com o jornal i, já foram definidos os termos de utilização do armamento: para defender os jogadores e adeptos, as autoridades nacionais podem disparar.
O chefe de segurança da delegação policial portuguesa para o Euro 2016, Luís Simões, explicou que “pela primeira vez, neste tipo de eventos, as delegações vão armadas, é uma novidade. As autoridades francesas optaram por permitir que as delegações de polícias internacionais levem os seus armamentos e equipamentos que usam nos países de origem”.
Ainda de acordo com o jornal i, as forças de segurança que acompanham a equipa portuguesa vão levar as armas de serviço e também coletes à prova de bala
A delegação, composto por oito elementos (seis da PSP e dois da GNR), tem uma organização e funções idênticas às das delegações policiais que estiveram presentes nos últimos campeonatos de futebol da Europa e do Mundo, sendo a utilização de armas a novidade para o Euro 2016.
A delegação policial, já em França, permanece neste país até ao final da participação da selecção nacional no campeonato, tem como principal objectivo acompanhar os adeptos portugueses, numa missão que será feita em conjunto com as autoridades francesas.
Os seis elementos da PSP e dois da GNR que compõem a delegação portuguesa são “experientes na área do policiamento desportivo” e desempenham funções de spotters (agentes que acompanham os adeptos) em Portugal, fazendo também parte desta missão polícias especializados em matéria de informações na prevenção da violência associada ao desporto.
Além dos oito elementos da delegação policial, acompanham também a selecção portuguesa um oficial da PSP e outra da GNR e uma equipa do Corpo de Segurança Pessoal da Polícia de Segurança Pública.
Francês detido
Os serviços secretos da Ucrânia anunciaram esta segunda-feira a detenção de um francês que estava, alegadamente, a planear ataques terroristas antes e durante o campeonato europeu de futebol 2016. O cidadão francês foi preso a 21 de Maio na Ucrânia, por suspeita de estar a preparar 15 atentados, anunciaram os serviços de segurança ucranianos (SBU).
O suspeito teria já contactado com vendedores de armas ilegais e teria 100 quilos TNT, 100 detonadores, seis Kalashnikovs e três lança-mísseis quando foi detido, avança o diário britânico Telegrafh.
O presidente francês já admitiu a “existência” de ameaças mas garante que não se deixará “impressionar”. “Essa ameaça manter-se-á, com certeza, durante um longo tempo”, afirmou Hollande à rádio pública France Inter, razão pela qual “devem tomar-se todas as medidas para que o Euro2016 seja bem-sucedido”.
FG (CP 1200) com TSF e jornal i