A Eurocidade Vila Nova de Cerveira-Tomiño lançou um concurso para incentivar os jovens a trabalhar a temática da violência no namoro através de uma peça de teatro original, a apresentar publicamente a 23 de Março
Em comunicado desta sexta-feira, a Câmara de Vila Nova de Cerveira esclarece que o concurso de teatro Namorar em Sintonia pretende que grupos de jovens abordem o tema “de uma forma crítica, criativa e interactiva”, para depois apresentar a peça no Palco das Artes.
A Eurocidade pretende, desta forma, “sensibilizar os jovens para a problemática da violência no namoro, representada por relações tóxicas e comportamentos abusivos”.
Os dois municípios consideram “fulcral capacitar e consciencializar os jovens para esta problemática, fortalecendo a importância do respeito, da igualdade e da saúde emocional em relacionamentos”.
De acordo com as Normas de Participação, “os interessados têm de constituir grupos em representação de uma associação concelhia, com um mínimo de cinco e um máximo de 10 elementos”.
As regras determinam ainda que a peça de teatro não pode exceder os 20 minutos.
A apresentação das candidaturas decorre entre 14 e 28 de Fevereiro.
O júri é composto por representantes do grupo de teatro amador Outra Cena, do grupo de teatro do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira e da Comédias do Minho.
As autarquias explicam que “será avaliada a originalidade, a criatividade, a qualidade de apresentação geral do trabalho e o enquadramento no tema”.
“No final, serão premiados os três grupos mais votados”, descrevem.
Foi durante o processo participativo da Agenda Urbana 2030, que a Eurocidade Cerveira-Tomiño “detectou um especial interesse na necessidade de coordenar as políticas de igualdade entre homens e mulheres, impulsionando iniciativas que facilitem a conciliação da vida laboral, familiar e pessoal”.
Por isso, “o concurso Namorar em Sintonia” enquadra-se na operação Rede Gov Minho, co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através INTERREG V-A POCTEP.
A Câmara de Cerveira assinala que, segundo um estudo da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), 53,1% das pessoas inquiridas já foram sujeitas, a pelo menos, um acto de violência no namoro, sendo que mais de metade são mulheres, e a violência psicológica a mais prevalente, seguida da violência social e da sexual e da violência física.