Apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro foram esta segunda-feira retirados do acampamento que montaram em Brasília, capital do Brasil, e colocados em autocarros um dia depois do ataque a edifícios públicos registado no domingo.
O acampamento foi montado por grupos de radicais bolsonaristas que não aceitaram o resultado da segunda volta da eleição presidencial, tendo acampado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília desde 30 de Outubro.
Segundo os media locais, pelo menos 1.200 pessoas foram detidas pela Polícia Federal em frente ao quartel-general do Exército e foram levados para a sede da Polícia Federal em pelo menos 40 autocarros.
Os acampamentos colocados junto das unidades militares um pouco por todo o país estão em zonas de circulação restrita.
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram pelo menos 300 detidos.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de Outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão actuado com negligência e omissão.