As primeiras projecções de resultados, divulgadas pela televisão francesa BFMTV, apontam para uma vitória da União Nacional, de Marine Le Pen, com 37% dos votos.
A coligação que reúne vários partidos de esquerda, a Nova Frente Popular, surge no segundo lugar, com 28,5%.
Em terceiro está o partido do Presidente Emmanuel Macron, com 22%.
Numa primeira reacção às projecções das eleições antecipadas em França, a fundadora da União Nacional considerou que o voto deste domingo resultou da vontade de “virar a página”, mas frisou que “nada está ganho”.
Marine Le Pen considerou que a segunda volta será determinante para evitar que o país caia nas mãos de uma extrema esquerda “com tendências violentas, anti-semíticas e anti-republicanas”.
Após a divulgação das projecções, o Presidente francês pediu “uma união alargada, claramente democrática e republicana” contra a extrema-direita na segunda volta das legislativas.
Macron considerou que a elevada participação dos eleitores nesta primeira volta, que se elevou a cerca de 68%, demonstra uma vontade dos franceses de “clarificar a situação política”.
“Face à União Nacional, chegou o momento de uma grande união, claramente democrática e republicana, para a segunda volta”, marcada para o próximo domingo, afirmou num comunicado oficial.
“A elevada participação na primeira volta […] demonstra a importância desta votação para todos os nossos compatriotas e o desejo de clarificar a situação política. A democracia obriga-nos a isso”, acrescentou.
Já os dirigentes da Nova Frente Popular Jean-Luc Mélenchon e Olivier Faure anunciaram que vão retirar as suas candidaturas nas circunscrições em que ficaram em terceiro lugar e onde existe risco de ganhar a extrema-direita francesa.
“A nossa estratégia é clara: nem um voto a mais, nem um deputado a mais para a União Nacional “, disse Jean-Luc Mélenchon, líder do movimento de extrema-esquerda França Insubmissa, que forma a Nova Frente Popular juntamente com os socialistas, os comunistas e os ecologistas, numa primeira reacção às projecções.
Olivier Faure, líder do Partido Socialista Francês, prometeu também retirar os seus candidatos sempre que houver o risco de vencer a União Nacional (extrema-direita), de Marine Le Pen e Jordan Bardella.
“Estamos perante um resultado histórico que coloca obrigações”, sustentou Faure, em declarações à televisão TF1, ao lembrar que “pela primeira vez, a extrema-direita pode governar”.
Com Agência
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