O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse esta segunda-feira que as contas do município “começam a ser ingeríveis” com facturas de cinco milhões de euros em atraso relativas a obras financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Já executámos cerca de oito milhões de euros e estão em atraso mais de cinco milhões de euros de facturação que já foi entregue no município”, afirmou Luís Nobre, no final da reunião camarária desta segunda-feira.
As obras executadas dizem respeito ao programa de habitação 1.º Direito.
“As empresas estão a executar as obras. Entregam a facturação mensal ao município e o município não tem recursos para suportar toda essa facturação”, acrescentou.
O autarca socialista, que respondia aos jornalistas na sequência de uma interpelação do vereador independente Eduardo Teixeira sobre os impactos no concelho da reprogramação PRR, disse que “o município tem feito pagamentos às empresas, mas que há limites”.
“A Câmara de Viana do Castelo já avançou com mais de dois milhões de euros, mas não temos muita margem para continuar. Uma vez que estamos com obras, no terreno, de 90 milhões de euros. Se não há uma fluidez na transferência das verbas para os municípios, torna-se ingerível”, alertou.