Três das oito famílias desalojadas na sequência de um deslizamento de terras mortal em Palmeira de Faro, Esposende, já foram autorizadas a regressar a casa, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara.
Em declarações à Lusa, Benjamim Pereira acrescentou que as restantes cinco só podem regressar a casa depois de apresentarem à Câmara garantias de que não há risco de derrocada do talude.
“Estamos a falar de terrenos particulares”, sublinhou o autarca, adiantando que aquelas garantias têm de assentar em pareceres técnicos.
A autorização do regresso a casa das três famílias foi tomada após um estudo geotécnico realizado por técnicos da Universidade do Minho, para aferir as condições de segurança e sustentabilidade dos terrenos da área afectada.
Na madrugada de 23 de Novembro, um deslizamento de terras e pedras de grandes dimensões atingiu uma habitação em Palmeira de Faro, provocando a morte de dois jovens de 22 anos.
Na sequência da derrocada, o presidente da Câmara Municipal de Esposende declarou situação de alerta de âmbito municipal, proibindo o acesso ao local, o que obrigou ao realojamento das famílias residentes em oito habitações.
Entretanto, a Câmara de Esposende já anunciou a contratação de uma equipa constituída por elementos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Universidade do Minho para “apuramento cabal” das causas do deslizamento. O objectivo é identificar eventuais factores que permitam acautelar ocorrências idênticas no futuro.