Governo regional galego decidiu aumentar as indemnizações às famílias das quatro pessoas que morreram na Galiza nos incêndios florestais do passado fim-de-semana, indica um decreto aprovado esta quinta-feira que as considera vítimas de “terrorismo incendiário”.
“São a face mais amarga do terrorismo incendiário” e “vítimas de uma intencionalidade delituosa”, considerou o presidente da Xunta [Governo regional], Alberto Núñez Feijóo, que reiterou a sua solidariedade e condolências às famílias das duas mulheres que morreram em Nigrán (Pontevedra) e dos dois homens mortos em Vigo e Carballeda de Avia (Ourense).
“Foi o que conseguiram os terroristas que puseram em risco centenas de milhares de vidas de galegos na madrugada de segunda-feira”, afirmou.
O decreto, cuja regulamentação será publicada nos próximos dias, inclui também ajudas destinadas às pessoas que perderam as suas casas ou ficaram com as habitações danificadas, ajudas para reparar danos em infraestruturas e para recuperar o património natural.
Núñez Feijóo salientou que as famílias das vítimas mortais não podem ser tratadas da mesma forma que as pessoas que sofreram danos causados por qualquer outra emergência natural, já que neste caso houve “intencionalidade delituosa de quem ateou [fogo] ao lado das suas casas”.
As primeiras estimativas dão conta que arderam na Galiza 35.500 hectares, quase o triplo da superfície total que ardeu no resto do ano. Em apenas 48 horas ocorreram 264 incêndios.
FG (CP 1200) com Jornal Económico