As Feiras Novas de Ponte de Lima, em honra de Nossa Senhora das Dores decorrem, entre os dias 4 e 9 de Setembro, pela primeira vez classificadas como Património Cultural Imaterial.
Em nota enviada às redacções, a Câmara de Ponte de Lima, adiantou que a romaria abre no dia 4 de Setembro, às 21h45, com um encontro concelhio de concertinas.
As tradicionais rusgas do Alto Minho, que juntam centenas de tocadores de concertina e cantadores ao desafio, é um dos pontos altos do programa.
Naquele dia, a arruada de concertinas dura até ao amanhecer, juntando cantadores e tocadores, mas também muitos outros que se vão juntando à festa de uma forma espontânea.
O programa inclui, entre outros números, o Music Fest: Viva as Feiras Novas, com a primeira edição do festival de gaitas, o cortejo etnográfico, que comemora 60 anos e, o cortejo histórico, a feira do gado e os concursos pecuários.
O ribombar dos bombos, grupos de Zés Pereiras, gaiteiros, concertos de bandas de música, fado, folclore, tocatas, fogo-de-artifício, uma corrida de garranos e uma tourada integram o programa da festa anual de Ponte de Lima.
IMPORTÂNCIA CULTURAL
As Feiras Novas de Ponte de Lima foram classificadas em Novembro de 2023.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República (DR), a inscrição da manifestação Feiras Novas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial destaca “a relevância desta prática enquanto reflexo da identidade da comunidade de Ponte de Lima no presente, a sua importância histórica no desenvolvimento cultural e económico do território em que se insere, as dinâmicas de transmissibilidade de práticas desenvolvidas ao longo de gerações na comunidade e entre os grupos e intervenientes mais directamente associados”.
A proposta de classificação das Feiras Novas, celebradas em honra de Nossa Senhora das Dores, partiu da Câmara de Ponte de Lima, que submeteu o pedido em 2016.
As Feiras Novas, assim designadas desde 1826, ano da autorização oficial por Provisão Régia da Chancelaria de D. Pedro IV estão enquadradas “na categoria das festividades cíclicas, marcadas por um forte pendor religioso e cultural”.
As festas concelhias “vão buscar as suas raízes à devoção a Nossa Senhora das Dores e ao apego à terra e às tradições, apresentando e mantendo um programa ecléctico que estabelece uma simbiose perfeita entre o ciclo da natureza e o calendário litúrgico”.
A romaria é organizada pela Associação Concelhia das Feiras Novas e pela câmara municipal, e atrai, todos os anos milhares de pessoas.