O secretário geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse esta quinta-feira que existe um maior número de surtos nas escolas, do que aquele que foi revelado esta quarta-feira pela Direcção Geral da Saúde (DGS), segundo a SIC Notícias.
“Ouvimos ontem [quarta-feira] a senhora directora geral da saúde falar em 23 surtos (nas escolas) e nós temos identificadas 88 escolas ou agrupamentos com casos, em que na maior deles não se trata de apenas um caso, mas de vários”, afirmou à saída de uma reunião no ministério da Educação.
Mário Nogueira exige assim “saber porque é que quando há situações de infecção numa escola, não são tomadas as medidas que foram tomadas por exemplo com o Conselho de Estado”, critica o responsável acrescentando: “parece-nos que não há pessoas mais importantes num país do que outras”.
Em situações de infecção, explica o secretário geral da Fenprof, “há casos em que fica a turma toda de quarentena, em outros ficam só alguns alunos”, refere dizendo que apesar de as situações não serem todas iguais, “em quase todas os professores são mantidos na escola sem um teste”.
“Mais ainda, aquilo que é dito aos pais é mantenham-se atentos para ver se aparecem sintomas, quando nós sabemos que a maior parte são assintomáticos, estamos a falar de jovens”, conclui Mário Nogueira.
Recorde-se que na quarta-feira Graça Freitas, disse que existiam actualmente 23 surtos em escolas, sendo que sete localizam-se no Norte, três no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, um no Algarve e zero no Alentejo, números que agora a Fenprof contesta.
Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, a responsável detalhou que “estes surtos têm 136 casos positivos, entre alunos e funcionários docentes ou não docentes, o que quer dizer que a partir destes casos positivos muitas pessoas estarão sob vigilância no seu domicilio”.
Redacção com Executive Digest