A selecção internacional do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, apresentada esta quinta-feira no Porto, conta com 22 longas-metragens de 12 países diferentes, num programa que inclui exposições e várias iniciativas de formação.
O número de longas-metragens no festival, a decorrer de 1 a 6 de Agosto, é o mais elevado em oito edições, a que se juntam mais 10 curtas-metragens, explicou a organização durante a apresentação, no MIRA Fórum, no Porto.
Na competição ao Prémio Jean-Loup Passek, no valor de três mil euros, estão trabalhos de 16 países diferentes, entre os quais uma “grande selecção” de filmes portugueses.
“Estes 32 filmes foram seleccionados tendo como base aqueles temas base do festival, identidade, memória e fronteira”, explicou Carlos Viana, da direcção do evento.
FAZER O IMPENSÁVEL
Para o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, a oitava edição vai continuar a “fazer o impensável no sítio mais impensável”, uma “grande alegria e privilégio”.
A selecção nacional do festival, que tem como missão divulgar cinema etnográfico e social, já tinha sido anunciada, com títulos como “Alcindo”, de Miguel Dores, a partir da história do homicídio de Alcindo Monteiro, “Paraíso”, de Sérgio Tréfaut, rodado no Brasil, e “Viagem ao Sol”, de Ansgar Schaefer e Susana De Sousa Dias, filme construído apenas com imagens de arquivo, com testemunhos de crianças austríacas, enviadas para Portugal no pós-Segunda Guerra Mundial.
“Águas do Pastaza”, de Inês T. Alves, exibido em Berlim, “Via norte”, de Paulo Carneiro, “No táxi do Jack”, de Susana Nobre, e “Paz”, de José Oliveira e Marta Ramos, também serão mostrados em Melgaço.
“Dispersos pelo centro” e “Quis saber quem sou”, ambos de António Aleixo, “Nous sommes venus”, de José Vieira, “Os fotocines”, de Sabrina Marques, “Transit”, de Hugo dos Santos, compõem o leque de escolhas nacionais.