Um festival diversificado, de grande qualidade performativa e com elementos de diferenciação identitária. É desta forma que se apresenta a 3.ª edição do Festival de Guitarra de Braga, a realizar entre os dias 11 de Fevereiro e 6 de Março em diversos espaços da cidade.
A iniciativa, organizada pelo município de Braga em parceria com o Conservatório Calouste Gulbenkian, apresenta-se este ano com um formato “mais maduro e consolidado”, afirmando-se já como uma das principais referências do panorama cultural da cidade e da região.
Além de promover a guitarra e de potenciar os talentos locais, proporcionando-lhes o contacto com projectos musicais de outras proveniências, o 3.º Festival de Guitarra pretende contribuir para a formação musical dos alunos do concelho e da região, como explicou Lídia Dias, vereadora da Cultura, na apresentação da iniciativa.
Segundo a vereadora, este é um festival que “orgulha a cidade e que vai ao encontro da grande tradição bracarense de produção e divulgação dos instrumentos de corda”.
“Não nos podemos esquecer que Braga é a pátria da viola braguesa e do cavaquinho e que aqui continuam a laborar inúmeros ofícios relacionados com a produção dos cordofones”, sublinhou a Lídia Dias, desafiando o público bracarense a assistir aos diversos concertos agendados.
Lídia Dias salientou que a dinamização cultural do Município de Braga tem na música uma das suas apostas fundamentais. “Procuramos promover uma oferta alargada de iniciativas, bem como a cooperação com instituições cuja missão cultural é relevante para o Município”, sustentou.
Este ano e tendo em conta o crescimento do festival, o orçamento passou para os 7.500 euros, com a Autarquia a ceder ainda o Theatro Circo que, no dia 6 de Março, recebe o concerto de encerramento, o único que terá entrada paga (5 euros).
A directora do Conservatório Calouste Gulbenkian, Ana Maria Caldeira, congratulou-se com a forma como o Município de Braga tem trabalhado com as instituições da Cidade, “ouvindo os parceiros e dando-lhes um voto de confiança”. Para esta responsável, o Festival de Guitarra é sinal do “novo paradigma cultural que a Cidade vive actualmente”.
Programa diversificado com seis concertos
O director artístico do festival, Vítor Gandarela, revelou que o programa deste ano é constituído por um conjunto de seis concertos “estilisticamente muito distintos, bem como três eventos no âmbito da sua componente paralela de carácter pedagógico”.
A abertura do festival estará a cargo de Stepan Rak (Rep. Checa), prestigiada figura do panorama guitarrístico internacional. O concerto tem lugar no dia 11 de Fevereiro, às 21h30, no Conservatório Calouste Gulbenkian.
A presença portuguesa está este ano reforçada com a participação do Quarteto de Guitarras de Lisboa, a 28 de Fevereiro, no Auditório José Sarmento da Escola de Música do Carandá, e com a actuação do guitarrista Bracarense Artur Caldeira, que actua no dia 20 de Fevereiro, no Museu dos Biscainhos.
O festival conta ainda com a participação do Duo Zapico, que levará à Igreja de S. Paulo, no dia 21 de Fevereiro, a teorba e guitarra barroca.
O encerramento do festival, a 6 de Março, no Theatro Circo, conta com a recém-formada OCDM – Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho que vai partilhar o palco com cerca de 50 alunos de escolas de música do Minho que vão participar num estágio durante a interrupção lectiva do Carnaval.