Filipe Melo, deputado do Chega eleito por Braga, vai ter de responder em tribunal pelo crime de “falsidade de depoimento ou de declaração”, punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, avança o Expresso esta segunda-feira.
Uma das decisões judiciais requereu ao líder distrital do partido que apresentasse a acta de uma reunião de 2021 sobre a destituição de um adjunto da Comissão Política. Filipe Melo disse em audiência perante o juiz do processo cível “desconhecer se a mesma foi ou não feita”.
Contudo, a acta reapareceu depois com a abertura do processo judicial, comprovando que Filipe Melo tinha enganado o juiz. Afinal, ela diz que o próprio Melo presidiu à reunião e a sua rubrica consta das páginas da acta da discórdia.
A guerra por detrás da acta prende-se com as divergências que levaram dez dirigentes do Chega no distrito de Braga a demitirem-se em rotura com Filipe Melo, nomeadamente de Fernando Silva ‘Feitor’, ex-vereador do partido em Vila Verde, agora vereador independente.
Para evitar a falta de quórum que obrigaria a novas eleições para a distrital, os chefes do Chega reverteram a exoneração do adjunto da Comissão Política, José Luís Moreira, que se mantém em funções.
“Nessa altura [eleição da Distrital] restavam apenas 4 membros activos e era necessário mais um para manter a Distrital na legalidade”, recordou Fernando Feitor em declarações ao PressMinho. “Por isso, foram buscar o Adjunto José Luís Moreira que tinha sido destituído no dia 04/06/2021, fiz o pedido da acta dessa reunião à distrital e até agora não entregaram porque isso provaria a falta de quórum na distrital de Braga. Ou seja, para “permanecerem na legalidade”, cometeram uma grande ilegalidade”, contou.
Fernando Gualtieri (CP 7889)