A dívida das autarquias diminuiu, de acordo com a análise do Conselho das Finanças Públicas relativo ao 1.º semestre de 2018. Vila Verde é um dos municípios que contribuiu para esse ‘score’ observado pelo conselho que analisou as contas dos 308 municípios relativas ao primeiro semestre deste ano.
De acordo com a execução orçamental preliminar em contabilidade pública, o saldo global do conjunto dos municípios foi de 388 milhões de euros até Junho de 2018, uma redução de 53 milhões de euros face ao mesmo período de 2017.
O documento do Conselho de Finanças Públicas diz que os pagamentos em atraso dos municípios portugueses aumentaram 11 milhões de euros no primeiro semestre face ao final de 2017, para 108,7 milhões de euros, apesar de terem melhorado face ao período homólogo.
Os números são globalmente positivos, mas quatro autarquias têm pagamento em atraso num valor superior a um milhão de euros.
De acordo com o relatório do organismo independente liderado por Maria Teodoro Cardoso, a despesa por pagar dos municípios apresentou no primeiro semestre de 2018 uma melhoria global face ao mesmo período de 2018.
«”Verificou-se uma diminuição de 94,1 milhões de euros dos passivos não financeiros, uma redução de 67,5 milhões de euros das contas a pagar, bem como uma redução de 13,6 milhões de euros dos pagamentos em atraso”, regista o organismo, no seu relatório relativo ao 1º semestre de 2018.
“Não obstante esta evolução globalmente favorável, ocorreram situações individuais de agravamento, com quatro municípios a registarem aumentos superiores a 1 M€ nos pagamentos em atraso desde o início do ano”, adverte.
VILA VERDE “DE BOA SAÚDE FINANCEIRA”
O município de Vila Verde acaba por seguir a regra da maioria dos municípios que contribuíram para a análise global positiva agora feita pelo Conselho das Finanças Públicas.
Surge na lista sem pagamentos em atraso a fornecedores. De resto, o prazo médio de pagamentos a fornecedores, desde 2014, encontra-se abaixo dos 20 dias.
“Como tenho vindo a referir, Vila Verde tem contas equilibradas e uma situação financeira perfeitamente estável e tranquila, para além de uma enorme capacidade de endividamento”, reage o presidente da câmara municipal de Vila Verde, António Vilela, em declarações ao jornal O Vilaverdense.
Observa-se, aliás, que a autarquia dispõe ainda de uma folga financeira superior a 18 milhões de euros de capacidade de endividamento, o dobro do que possui actualmente.
“Nesta fase, a boa saúde financeira do município de Vila Verde é comprovada não só pelos prazos médios de pagamentos a fornecedores, que estão abaixo dos 20 dias, e pela capacidade de endividamento, que cresceu nos últimos anos para mais do dobro”, vinca António Vilela.
«Mas, convém sublinhar, estamos a produzir investimentos públicos superiores a 20 milhões de euros, sobretudo em infra-estruturas básicas e equipamentos públicos”, remata o edil.
Carlos Machado Silva (CP 3022)