A campanha da Aliança Democrática (AD) desta quinta-feira ficou marcada por incidentes violentos, depois de um grupo de estudantes ter interrompido o discurso da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que marcou presença na campanha da coligação PSD/CDS/PPM
A responsável máxima da União Europeia falava no centro da cidade do Porto quando foi interrompida por um grupo de estudantes da universidade da cidade, que gritou contra aquilo que diz ser o “financiamento do genocídio” por parte da Comissão Europeia, aludindo para o que se está a passar na Faixa de Gaza.
O discurso da presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato foi interrompido por dezenas de manifestantes de apoio aos palestinianos, que pediram uma “Palestina livre” dos bombardeamentos de Israel.
Ursula von der Leyen tinha começado a discursar num comício da AD no centro do Porto e estava a elogiar o apoio do presidente do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, quando cerca de 20 manifestantes interromperam as suas palavras gritando “Palestina Livre”, dados os bombardeamentos de Israel em Gaza, com as mãos pintadas de vermelho a lembrar o sangue do confronto.
Von der Leyen tentou continuar o discurso, mas as atenções no comício estavam centradas nos manifestantes, que acabaram por abandonar o local acompanhados pela polícia.
“Se vocês estivessem em Moscovo, estavam agora na prisão”, comentou Ursula von der Leyen, comparando o protesto com a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.
A campanha de Von der Leyen tem sido marcada pela sua posição pró-Israel no conflito do Médio Oriente.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “podes esconder-te, mas não podes esconder que financias o genocídio” (em inglês) ou “que vergonha deve ser defender o genocídio para ter o que comer”.
A polícia interveio de imediato, afastando os manifestantes, tendo um deles sido deitado ao chão. Em seguida, acompanharam-nos para uma rua mais afastada do comício, onde continuaram os protestos.
Ao mesmo tempo, no comício, os apoiantes da AD gritavam “Ursula, Ursula, Ursula”.
Com CNN Portugal