Uma freira foi detida por suspeita de fazer parte de um gangue com ligações à máfia mais poderosa do país (‘Ndrangheta), avançou esta quarta-feira o jornal britânico The Guardian.
Segundo a mesma fonte, Anna Donelli terá sido o elo entre o gangue e os seus associados na prisão ao permitir que estes tivessem “livre acesso às instalações penitenciárias”.
A operação, conduzida pela unidade anti máfia da procuradoria de Brescia, no norte do país, revelou uma complexa teia de crimes, com ligações a figuras políticas e actividades ilícitas que abrangem várias regiões italianas.
Além de estar acusada de “transmitir informações” da prisão para o grupo, os investigadores acusam também a freira de “cumplicidade externa numa associação mafiosa”.
Um ex-vereador do partido Irmãos de Itália, liderado pela primeira-ministra, Giorgia Meloni, e um ex-político da Liga, um parceiro de coligação do governo, também foram detidos. Nas buscas desta madrugada, as autoridades italianas apreenderam mais de 1,8 milhões de euros em ganhos ilícitos em várias cidades nas regiões da Lombardia, Veneto e Calábria.
Os suspeitos são acusados de crimes como extorsão, tráfico de armas e drogas, recebimento de bens roubados, lavagem de dinheiro, entre outros. O político do partido Irmãos de Itália é acusado de se ter disponibilizado para o gangue “durante a execução de crimes”.
Na imprensa italiana, Anna Donelli é identificada como uma freira de 57 anos, voluntária na prisão de San Vittore, em Milão, desde 2010.
A ‘Ndrangheta é um dos grupos de crime organizado mais ricos do mundo.
Com TSF