A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou que os docentes se vão juntar à greve desta sexta-feira da Administração Pública, pelo que podem ser sentidos os efeitos da paralisação, especialmente nas escolas, com funcionários não docentes e professores em greve.
A pensar neste cenário, a Câmara de Braga alerta, esta quinta-feira, na rede social Facebook, que para a greve convocada pela frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, “não estão definidos serviços mínimos”, o que pode causar perturbações ao normal funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar, do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário da rede pública de ensino do concelho bracarense.
Fazendo referência aos serviços mínimos decretados para as últimas greves de professores, a Fenprof diz, esta quinta-feira, em comunicado às redacções, que sobre o pré-aviso entregue pela Federação dos Sindicatos da Função Pública “não foram pedidos serviços mínimos”, o que o significa que o Ministério da Educação (ME) “é selectivo no pedido, só o fazendo em relação aos que são apresentados por organizações sindicais representativas, exclusivamente, de docentes”.
O comunicado esclarece ainda que o pré-aviso entregue pela Federação dos Sindicatos da Função Pública abrange todos os trabalhadores, incluindo os docentes, mesmo que o ME não aceite o pré-aviso apresentado pela Fenprof.
Sebastião Santana, líder da Frente Comum de sindicatos da Administração Pública, espera uma “adesão maciça” à greve, antevendo perturbações na saúde, educação, serviços centrais e locais.
A Multinews avança que algumas escolas já começaram a avisar os encarregados de educação que poderão não abrir.
A greve da Frente Comum ocorre na véspera da manifestação nacional convocada pela CGTP, e com apoio da Fenprof, em Lisboa, para sábado, por aumentos salariais e contra o aumento do custo de vida, com Sebastião Santana a prever uma forte participação de trabalhadores da administração pública.
Fernando Gualtieri (CP 7889)