Carlos Maria Trindade apresenta, pelas 18h00 deste sábado, no gnration, em Braga, ‘Vitral Submerso, disco a solo e ao piano.
Um regresso há muito aguardado de um dos nomes maiores da música portuguesa. Carlos Maria Trindade dá a conhecer, pela primeira vez em estreia nacional, ‘Vitral Submerso’, num concerto imperdível ao piano.
Fundador de Heróis do Mar, com Pedro Ayres Magalhães e Paulo Gonçalves, e membro dos Madredeus, Maria Trindade é um marco na história da música portuguesa. Com obras que fundem sons electrónicos e acústicos, Maria Trindade é incontrolável; uma figura pioneira na produção e experimentação com a música eléctrica.
O concerto e disco que agora apresenta é um regresso às origens. Aos cinco anos, Maria Trindade foi com o pai a um leilão de antiguidades e, depois de tocar as ‘Pombinhas da Catrina’, saiu de lá com um velho piano vertical e um futuro brilhante na música.
Com os anos, o piano deu lugar aos sintetizadores, com os quais fez carreira. Mais tarde, em 2018, já depois de ser um pilar da história da música nacional, recebeu um piano de 1920 que se impôs na sua sala.
“Desde esse dia, comecei a compor para ele. O resultado dessa aventura solitária está no som destas peças, que vagueiam numa espécie de neoclassicismo, fruto de sentimentos variados e de uma vida musical já bastante longa”, conta-nos Maria Trindade sobre o disco que agora apresenta em Braga.
MÚSICO E PROFUTOR
Em 1990, com Nuno Canavarro, edita “Mr. Wollogallu”, um disco instrumental que aquando do lançamento pouco pó fez levantar. Contudo, com o passar dos anos este pedaço histórico da música ganhou o estatuto de disco de culto, elogiado pelo vanguardismo de técnicas de produção e sonoridades que nos anos posteriores viríamos a ouvir em trabalhos por exemplo dos aclamados Air. Com a edição de 2017, este “Mr. Wollogallu” recebeu um novo destaque internacional sendo elogiado no panorama da música ambiente e chillwave e destacado pela Pitchfork.
Como produtor, Carlos Maria Trindade é responsável por alguns dos mais icónicos e aclamados discos da pop nacional. Trabalhou em “Dar & Receber” (1984), de António Variações, produziu “Spleen” (1986), dos Radio Macau, “Circo de Feras” (1987), dos Xutos & Pontapés, os dois primeiros discos dos Delfins, “Love” (1996), dos Santos & Pecadores, “Fado Curvo” (2003), de Mariza, e muito mais.
Os bilhetes, a 9 euros, podem ser adquiridos em https://gnration.bol.pt, balcão gnration e locais habituais.