Os dois casos de caminheiros que desde o início do ano tiveram que ser resgatados do Parque Peneda-Gerês levaram os municípios de Terras de Bouro e de Montalegre a equacionar um pacote de medidas para que estes incidentes, cujo desfecho poderia ter sido trágico, não se tornem a repetir.
No encontro que juntou Joaquim Cracel, presidente da autarquia bourense, e David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, ficou evidente a necessidade de reforçar a sinalização e da rede de telemóvel.
Os autarcas e os representantes da Proteção Civil, INEM, bombeiros e do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR não descartam a hipótese que os resgates para quem se perder no único parque nacional existente em Portugal possam a ser pagos. O argumento é que a maioria dos casos se deveu a “pura inconsciência” dos montanheiros, como aconteceu em Janeiro e Fevereiro passados com três grupos distintos, que não tiveram em conta os avisos meteorológicos de mau tempo, tendo sido surpreendidos pela chuva insistente e frio intenso.
Em ambos os casos, o resgate obrigou à mobilização de dezenas de bombeiros, do INEM e de militares da GNR, que durante a operação colocaram em risco a sua própria segurança.