Nuno Ribeiro da Cunha, director do Private Banking do Eurobic e e gestor de conta de Isabel dos Santos, foi encontrado morto na noite desta quarta-feira no Restelo, em Lisboa. Fontes próximas do gestor avançam ao Jornal Económico que se tratou de suicídio.
O Correio da Manhã já tinha dado conta de uma aparente tentativa de suicídio no passado dia 7, numa casa de férias da família em Vila Nova de Milfontes, com recurso a arma branca.
Aquele diário dá também conta de que a vítima de 45 anos “tinha golpes nos pulsos e uma perfuração no abdómen”, ao que a PJ decidiu avançar com a investigação perante a possibilidade de uma tentativa de homicídio, após reunir diversos elementos.
Na altura, Nuno Ribeiro da Cunha disse à polícia que sofria de uma depressão que o levou a tentar o suicídio, mas a PJ não abandonou a investigação a uma possível tentativa de homicídio ou simulação de suicídio, tendo para isso apreendido o telemóvel do banqueiro.
Já o ‘Observador’ revela que a apreensão do telemóvel do gestor bancário teve com intenção “tentar perceber se estaria a ser coagido para apresentar aquela versão”.
A morte de Nuno Ribeiro da Cunha ocorreu horas depois de o procurador-geral de Angola ter confirmado a sua constituição como arguido no inquérito sobre o desvio de fundos da Sonangol.
O banqueiro estará ligado às operações de transferência bancária efectuadas da conta da petrolífera no Eurobic com destino a uma empresa controlada por Isabel dos Santos no Dubai. Menos de 24 horas após a saída da filha do ex-presidente angolano da liderança da Sonangol, a conta bancária da petrolífera viu desaparecer mais de 50 milhões de euros, ficando com saldo negativo.