Admitindo a hipótese de os motoristas não cumprirem os serviços mínimos, o Governo está a mobilizar forças de segurança como polícia e o exército para diminuírem o impacto da greve.
Com poucas esperanças quanto a uma desmobilização, o Governo está já a reforçar medidas para tentar minimizar o impacto da greve dos motoristas, agendada para 12 de Agosto. Reforço nas escalas das forças de segurança e PSP e GNR prontas a actuar são alguns dos pontos que estão a ser estudados para garantir o abastecimento de combustível,caso os serviços ,mínimos não sejam cumpridos.
“A probabilidade de acontecer a greve é séria”, diz um responsável do Governo, ao Expresso , admitindo que “esta greve causará, seguramente, transtorno”. Embora continue a mediar o conflito entre ambas as partes, o Executivo acredita que as empresas não podem ceder mais do que aquilo que cederam na paralisação de Abril . “Estamos a trabalhar para perceber se há alguma margem para ainda evitar a greve. É um caminho muito estreito e que leva o seu tempo”, diz a mesma fonte.
PLANO DE EMERGÊNCIA
Perante este cenário, o Governo está concentrado num plano de emergência Partindo do princípio de os motoristas podem não cumprir os serviços mínimos nem a requisição civil, a primeira preocupação é garantir que os camiões com combustível chegam mesmo aos 326 postos integrados na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA).
Para isso, o papel das forças de segurança vai ser essencial, tanto para conduzir camiões-cisterna como para evitar ou desmobilizar bloqueios que os grevistas possam organizar à saída dos depósitos de combustível, nas bombas de gasolina ou nos trajectos entre um ponto e outro. Além disso, PSP, GNR e Exército estarão em prontidão para entrar em ação em qualquer destes cenários logo a partir dos primeiros minutos do dia 12.
As escalas do mês de Agosto, escreve o Expresso, estão a ser feitas tendo em conta a necessidade de haver forças de segurança tanto para a manutenção da paz social como para garantir abastecimentos. Fonte oficial da PSP confirma que está já delineado um plano para, “em caso de necessidade”, prevenir “sabotagens, pilhagens ou desordens públicas”.
O objectivo vai ser “garantir” a segurança junto de piquetes de greve. “procurando garantir o livre exercício do direito à greve e o direito a exercer a actividade profissional para quem desejar trabalhar”.
A polícia diz que não vai permitir cortes de estrada e vai fazer “escoltas de segurança a colunas de veículos automóveis pesados de mercadorias”.
A Direcção Nacional da PSP disponibilizou também ao Governo “polícias habilitados para conduzir veículos pesados de mercadorias” e uma “viatura cisterna como apoio e reserva ao abastecimento”.
Redacção com ECO