A greve de professores de pessoal não docente encerrou esta segunda-feira, pela segunda vez desde de Dezembro, a Secundária Camilo Castelo Branco e a EB Júlio Brandão, em Famalicão. No protesto, que contou com a participação de representantes dos pais, esteve presente o líder do sindicato STOP, André Pestana.
O sindicalista avisou que o movimento grevista, iniciado em Dezembro passado, “não para” enquanto o ministro e o Governo “não aceitarem grande parte das exigências destes trabalhadores”.
Pestana mostrou-se convicto que se no dia 14 “um oceano de pessoas” participar na concentração marcada para Lisboa, o Executivo de António Costa “vai ter que ceder”. [à concentração agendada para Lisboa], o Governo vai ter de ceder, é incontornável a escola pública começar a parar e não ceder”.
O STOP diz estar disposta a negociar, “mas claramente não iremos fazer como no passado”.
“Não vamos parar esta luta sem antes ser sufragado por quem trabalha nas escolas”, assegurou.
“Se o ministro tiver o bom senso de antecipar a reunião negocial prevista para finais de Janeiro, e se trouxer um conjunto de propostas para analisarmos, vamos pegar nessas propostas e sufragar democraticamente”, garantiu ainda.
Falando em décadas de “roubos e ataques”, este sindicato independente pede a actualização salarial, uma gestão escolar democrática, uma avaliação justa e sem quotas, o direito a descontar para a Caixa Geral de Aposentações e a reposição integral do tempo de serviço além do fim dos “salários de miséria” do pessoal não docente.