A Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, esteve esta terça-feira fechada até às 10h30, devido a uma greve dos trabalhadores em protesto contra a “escassez” de assistentes operacionais, disse à Lusa uma dirigente sindical.
Segundo Helena Peixoto, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, o ano lectivo arrancou com 25 assistentes operacionais, “quando, por portaria, deveriam ser 34”.
“O próprio director da escola diz que até deveriam ser 38, mas venham os 34. Assim é que não pode ser. Os que estão ao serviço trabalham a dobrar e estão exaustos, uma situação incomportável e inadmissível”, referiu, alertando que “é a própria segurança dos alunos que fica em causa”.
A dirigente sindical adiantou que, “após o anúncio da greve”, o Governo anunciou a contratação de mais 14 assistentes operacionais “a tempo parcial” para aquela escola.
“Na prática, é como se fossem sete trabalhadores a tempo inteiro, mas não sabemos quando é que chegarão. Mas o que nós defendemos é que o problema não se resolve com soluções pontuais e com contratos precários. Porque no próximo ano lectivo lá voltaremos a ter o mesmo problema”, acrescentou.
Defendeu “uma solução definitiva”, com a colocação efectiva dos assistentes operacionais previstos na lei.
Na manifestação, os trabalhadores ostentavam uma tarja em que se lia ‘Falta pessoal nas escolas – Assistentes operacionais exaustos’.
A greve durou entre as 08 horas e as 10h30, hora a que os trabalhadores retomaram os seus postos de trabalho, permitindo o retomar das actividades lectivas.
Helena Peixoto “avisou” que, se a situação se mantiver, os trabalhadores estão dispostos a voltar à luta.
A Lusa tentou ouvir o director da escola, mas ainda tal não foi possível.