No âmbito da discussão pública do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Guimarães, o Bloco de Esquerda (BE), através de comunicado enviado às redacções, considera que há questões que não se encontram devidamente acauteladas, tendo já feito chegar as suas preocupações à Câmara Municipal.
O BE lembra que este plano fazia parte das suas propostas eleitorais, mas afirma que “deveria ter sido elaborado com as pessoas, onde os moradores, comerciantes e associações participassem no diagnóstico e na procura de soluções para os problemas identificados”.
Para os bloquistas, “as propostas para a rede de transportes urbanos são tímidas”. “A coesão territorial consegue-se com a gestão pública do serviço de transportes em todo o território do concelho, de forma a identificar as necessidades das várias freguesias, a redefinir as carreiras actuais e criar novas carreiras”, refere o comunicado.
O Bloco considera ainda “importante o reconhecimento que este trabalho faz a várias propostas já apresentadas pelo BE”, nomeadamente “a construção de parques de estacionamento de periferia, a criação de novas centralidades urbanas em “freguesias âncora”, a oferta pública de bicicletas e carros eléctricos de aluguer, a ligação às cidades do quadrilátero através de metro de superfície, a promoção de acessibilidade inclusiva, o aumento da área pedonal e a promoção de programas de reabilitação que promovam a habitação no centro da cidade”.
“Este documento, que identifica problemas da histórica governação socialista, como ‘deficiências nas políticas de ordenamento do território e a ausência de planeamento na gestão da mobilidade’, deve permitir a definição de políticas autárquicas com uma perspectiva integrada do município, para uma política de ordenamento territorial coerente e um planeamento da mobilidade assente na coesão territorial e na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, concluem os bloquistas.
FG (CP 1200)